O estado precário do e-commerce do Brasil
O e-commerce brasileiro têm crescido bastante nos últimos anos, seguindo uma tendência que já era esperada. Além disso, diante do cenário estabelecido pela pandemia de Covid-19, esse movimento foi impulsionado.
Ainda assim, quando comparado a outros países, o Brasil deixa muito a desejar. Por isso, no artigo de hoje, trouxemos um breve panorama mundial, além dos pontos mais fracos do e-commerce brasileiro e propostas para reverter esse cenário.
Panorama do e-commerce no mundo
De acordo com o relatório B2C E-commerce Index 2019, divulgado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, a Europa lidera o e-commerce mundial em critérios como segurança nos servidores, garantia de entrega, formas de pagamento online e proporção da população que faz compras online.
O Top 10 inclui Holanda, Suíça, Cingapura, Finlândia, Reino Unido, Dinamarca, Noruega, Irlanda, Alemanha e Austrália. O Brasil ocupa a 74ª posição no ranking, próximo de outros países em desenvolvimento.
Esse estudo evidencia a lacuna que existe entre países de rendas mais baixas e as nações bem desenvolvidas.
Levando em conta que o e-commerce brasileiro ainda tem muito o que crescer, resta saber que fatores ainda mantêm o Brasil em situação precária quando comparado a países desenvolvidos.
Em que pontos o Brasil está mais atrasado?
A pesquisa realizada pelo E-commerce Quality Index (EQI) faz uma avaliação da situação brasileira, sob a perspectiva do consumidor final. Para isso, os 5 critérios abaixo foram avaliados.
Image Score
É o número de imagens na página. O ideal é que cada página tenha ao menos 3 imagens.
Description Score
É o número de palavras no campo de descrição do produto. Considera-se satisfatório um texto de 1700 palavras ou mais.
Review Score
É o número de comentários sobre o produto na página de vendas. Para uma boa avaliação, o cliente precisa ler pelo menos 5 comentários.
Rating Score
É a nota média do produto, de acordo com os consumidores. O ideal é a pontuação de 4 a 5 estrelas.
Search Score
É a nota média baseada no número de caracteres no título e se produto está cadastrado em alguma categoria no site. Para atender a esse critério, o título deve ter de 20 a 100 caracteres, além de ser cadastrado em pelo menos 1 categoria.
O E-commerce Quality Index confere nota 100 as lojas virtuais que atendem totalmente esses critérios. Quem atende ao menos 60% do que é considerado ideal, é classificado como aceitável.
No entanto, o e-commerce brasileiro atende apenas 40% desses critérios, ou seja, não é considerado nem ao menos aceitável.
Nessa pesquisa, 53% dos entrevistados relataram que quando as informações a respeito do produto não são claras em um site, eles recorrem a outro. 42,9% desiste de uma compra, a depender dos comentários sobre o produto e quase metade não compra um produto que não possui imagem na página de venda.
A análise das respostas concluiu que a relevância dos critérios de avaliação é rating score, description score, review score, image score e search score, sendo o primeiro o mais importante e o último o que tem menor influência no e-commerce.
Ao sintetizar a pesquisa, o E-commerce Quality Index conclui que o Brasil enfrenta três grandes problemas:
1. Falta de informação dos produtos nas páginas
Nas vendas online, o processo de venda é muito diferente do que acontece nas lojas físicas. Não existe um vendedor que explique e mostre o produto, por isso ter todas as informações é imprescindível para concretizar uma venda no e-commerce.
Na pesquisa, 95% das pessoas consideram muito importante a apresentação de um conteúdo completo acerca do produto para realizar uma compra online. E ao encontrar informações confusas ou contraditórias, apenas 13% retornam à loja online.
2. Dificuldade de integrar a experiência de compras online e offline
É muito importante que as vendas físicas e online sejam complementares e não concorrentes. Pode parecer um pouco estranho, mas as pesquisas confirmam.
Com a estratégia Omnichannel, as varejistas têm usado diferentes canais de comunicação, com o intuito de oferecer a mesma experiência independente do tipo de venda. Os resultados estão surpreendendo, pois isso tem feito com que empresas que nasceram com a venda física superem as vendas online daquelas que vieram com foco no e-commerce.
Ainda assim, há muito o que ser feito, principalmente no que diz respeito as companhias menores, que encontraram dificuldades nessa integração.
3. Processo de cadastro de produtos ineficiente
Aqui os dois maiores problemas são o cadastro de informações incorretas e a falta de atualização nos produtos. Dessa forma, o cliente não se sente seguro e acaba desistindo da compra.
Por isso, é imprescindível que os lojistas comecem a otimização desse processo, com foco em tornar a página de vendas mais confiável e informativa para o consumidor.
Como reverter essa situação?
Tendo em vista os três maiores problemas apresentados anteriormente, trouxemos aqui algumas propostas para alavancar os e-commerces brasileiros e resolver esses fatores que ainda incomodam os consumidores.
No que diz respeito a falta informações e o processo de cadastro de produtos, algumas medidas podem elevar o e-commerce a outro patamar. Veja algumas sugestões simples, porém poderosas:
Categorização dos produtos
Descrições completas e com detalhes técnicos do produto
Título descritivo
Uso de imagens de qualidade e que mostram vários ângulos do produto
Além disso, a Lett, startup especialista em Trade Marketing Digital tem um conteúdo completo com dicas, que podem ser conferidas aqui.
Para a integração das vendas online e física, o investimento na estratégia Omnichannel garante que o contato com o consumidor seja ampliado e otimizado, gerando mais oportunidades de venda.
Sendo assim, vale a pena promover algumas mudanças indicadas pela Escola de E-commerce, como:
Centralização da gestão
Automatização de processos
Capacitação do time
Otimização de recursos
Com isso, um e-commerce melhora seu controle de estoque; desenvolve um time mais produtivo e que sabe usar as ferramentas de gestão de forma otimizada; integra melhor as operações, logística e financeiro das vendas físicas e online; e claro, entrega uma experiência mais completa e satisfatória ao consumidor.
Abordo: a plataforma que entrega experiência de ponta
Para os e-commerces do setor de transporte rodoviário, a Axion preparou uma solução completa, para que os usuários tenham uma experiência de ponta. É o Abordo, plataforma de vendas de passagens online.
Com controle de fluxo de vendas, gerenciador de descontos, disponibilidade de serviços especiais e geração do cartão de embarque, sua empresa poderá promover ao usuário a melhor e mais completa jornada de compra.
Então venha conhecer mais sobre o Abordo e descubra todo potencial que essa plataforma pode conferir aos seus negócios.